quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Formação sócio-política é oferecida para estudantes Proeja

Os estudantes do curso Técnico em Agropecuária, modalidade Proeja, vem aprimorando os conhecimentos práticos, a partir das experiências e vivências que eles já possuíam no trato com a terra. Os alunos são jovens camponeses da região de Santa Inês, que ingressaram no curso, através de uma parceria do IF Baiano com o Instituto Mãe Terra.

De acordo com Aurélio de Carvalho, coordenador de Difusão Técnica-científica e cultural, o curso é voltado para agricultura familiar com base em agroecologia, sendo oferecido em alternância, ou seja, um tempo escola e um tempo comunidade. “Todos tem um vínculo com associações e com o Campus. Esses alunos tem um conhecimento da roça e dos tratos de algumas culturas”, disse. De acordo com ele, este é o motivo da pequeno índice de desistência. “É surpreendente, trabalhava de maneira incorreta, sem respeitar o meio ambiente, mas o pouco que aprendi já pude pôr em prática e passar para comunidade”, diz o estudante, Luciano Galvão.

No final de julho, alguns desses estudantes estiveram em Salvador para um curso sobre Agricultura Familiar Camponesa, coordenado por Horácio de Carvalho, da UFPR. Um dos objetivos do curso foi politizar, organizar e preservar a agricultura familiar camponesa no pais, garantindo, a permanência dos jovens e mulheres no campo, com uma vida digna e sustentável.
Entender a realidade da Agricultura Familiar Camponesa do país, a troca de experiências com os outros agricultores familiares, ajuda-os a entender melhor a sua própria história, possibilitando ao grupo ser os protagonistas do desenvolvimento social e ambiental da região”, disse Marialva Galvão, cooordenadora do Instituto Mãe Terra. Para o estudante, Gilvan Santos, o curso “me fez abrir os olhos para as lutas e dilemas vividas pelo homem do campo”.

Para os estudantes, a motivação vem da necessidade de levar conhecimento e modificar a região onde vivem. “O curso ser na modalidade alternância, onde não perco contato direto com minha família; ajudo meus pais, minha região, levando e aplicando os conhecimento técnico”, diz a aluna Edleuza Santos. “Tenho aprendido novas técnicas e, hoje, já posso até desenvolvê-las na comunidade”, afirmou o estudante, Geovane Souza. “O curso está atendendo as necessidades, enquanto aluno agricultores vai me fazer com que eu me torne uma ótima multiplicadora”, complementou, Geilisiane Santos.

Trabalhar na agricultura respeitando o meio ambiente e ao ser humano com tecnicas agroecologicas, valorizacao do meu trabalho, enxergando e aproveitando melhor os recursos existentes na minha comunidade para melhorar a vida dos nossos agricultores familiares”- Mariana Santana, estudante.
Tenho adquirido experiências que jamais imaginava” - Ana Paula Silva, estudante.

Fotos: Aurélio Carvalho



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