“Propiciar vez e voz aos atores destas comunidades é, não apenas criar condições, mas conclamar as comunidades a participarem e opinarem sobre o que entendem como melhor para si, com vistas a modificar as políticas públicas”, disse a professora Cintya Flores, coordenadora geral do projeto.
Para ela, que teve o projeto do Núcleo aprovado na Chamada 11/2014 do CNPq, a expectativa é que com a implementação do projeto haja uma mudança de postura. “Queremos que a sociedade civil se empodere do espaço de participação que é o Codeter [Colegiado de Desenvolvimento Territorial] e o entenda como um espaço de luta e de reivindicação de suas necessidades, assim como um espaço de negociação entre si, com o poder público e com a iniciativa privada”, disse.
Estão previstos dois anos de atividades, com oficinas, eventos acadêmicos, mobilização das mulheres do campo, da economia solidária e criativa, além da criação de grupos de pesquisa sobre o território. “O IF Baiano deixa de ser um participante que, apesar de ativo, pouco tem condições de intervir, para uma instituição que efetivamente contribui para o desenvolvimento territorial”, analisa Cintya.
De acordo com a professora, cerca de 500 pessoas serão diretamente beneficiadas. “Todavia, sua abrangência é muito maior do que possamos estimar. Indiretamente toda a população do Extremo Sul será beneficiada. Na nova visão de planejamento proposto pelo governo federal e estadual, o território de identidade como unidade de planejamento e o colegiado como representante das reivindicações das demandas deste território, conseguindo se unir, só tende a trazer bons resultados para todos”, concluiu.
Foto: Arquivo pessoal de Cintya Flores
Foto: Arquivo pessoal de Cintya Flores
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