segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Desenvolvimento de novos produtos de alimentos e bebidas é um dos objetivos de projeto no Campus Uruçuca

 Pesquisadores do IF Baiano das áreas de alimentos e turismo aliam os pilares Pesquisa e Extensão

Seguir as tendências dos novos nichos de mercado e agregar valor às frutas regionais por meio de incentivos a verticalização e formação técnica através da transdisciplinaridade. Esses objetivos uniram os professores do Núcleo de Tecnologia de Alimentos - NUTEC e Núcleo de Turismo - NUT por intermédio dos projetos de pesquisa e extensão, apoiados pelas chamadas 01/2016 e 02/2016 PROPES/CNPq (Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e 02/2015 PROEX (Pró-Reitoria de Extensão)”, explica o pesquisador Ivan Pereira. 

Dentro da proposta, a equipe já realizou eventos científicos, tais como: I e II Seminários de Pesquisa e Extensão - SIPEX, I Mostra de Gastronomia e Mostra de Iniciação Científica -MIC; participou dos eventos SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), CONNEPI (Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação) e CBCTA (Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos). “A principal ação futura é transformar cursos, minicursos e oficinas em cursos de curta duração ou até mesmo cursos técnicos em modalidades acessíveis para os grupos produtivos regionais”, pontua Pereira.

A pesquisadora Fernanda Castro complementa sob a perspectiva dos produtos turísticos gastronômicos. "Uma das propostas é integrar a cadeia produtiva do mercado cervejeiro e dos produtos regionais desde a produção, a análise do mercado e a gestão de empreendimentos relacionados à cerveja. Aprender a produzir e harmonizar a cerveja e preparações por meio das particularidades de alimentos e bebidas, tornando possível a formatação de um novo produto turístico regional que contemple as áreas de conhecimento do turismo e da ciência e tecnologia de alimentos", enfatiza.

Ivan reforça a importância das ações conjuntas para fortalecer o Campus Uruçuca “em termos de visibilidade, captação de recursos e, sobretudo, a partir do entendimento da importância do princípio norteador da educação técnica e tecnológica: a indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão”, afirma o pesquisador. “A partir da escolha de temas, atividades e possíveis palestrantes/facilitadores dos eventos realizados, percebeu-se a constante possibilidade de interação e a inter-relação dos cursos gastronomia, higiene e segurança alimentar e o interesse no desenvolvimento regional através do fortalecimento da cadeia produtiva do turismo e da ciência e tecnologia de alimentos”, acrescenta. 
 
Pretendemos também unir as ações, utilizando derivados do cacau para produzir cerveja. Além disso, avançar na formatação dos cursos de curta duração com as temáticas propostas (alimentos, bebidas, gastronômica e desenvolvimento regional)”, diz Ivan. Ele pontua que a proposta de longo prazo traz uma inovação devido à criação de um novo produto turístico regional. “Espera-se que, além de produzir e comercializar a cerveja, consigamos, através do envolvimento da comunidade local, criar outros produtos na mesma perspectiva. A produção e a comercialização da cerveja oferecerão aos produtores da região a criação de uma fonte alternativa de renda a partir dos produtos locais. Com isso, espera-se diminuir a migração para os grandes centros em busca de colocação profissional. Queremos mostrar que é possível aproveitar de maneira criativa e diversa a riqueza das comunidades locais”, afirma o pesquisador Pereira. 
 
Em breve, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que acontecerá em outubro, o grupo pretende formatar minicurso no Campus Uruçuca. “Em seguida, pretendemos formatar um curso para ser realizado no módulo da Rede e-Tec Brasil, nos mesmos moldes da Oficina do Cacau ao Chocolate”, conclui.

Uma iniciativa já consolidada é a Oficina do Cacau ao Chocolate que já capacitou aproximadamente 3.000 pessoas em quatro estados e mais de 15 municípios da Bahia com temática voltadas para a verticalização da cadeia de valor Cacau/Chocolate”  
- Ivan Pereira -



Impactos na Região:

  • Desenvolvimento de novos produtos regionais;
  • Geração de emprego e renda;
  • Novo modelo de formação de Arranjo Produtivo Local (APL) através dos produtos regionais.

Principais cadeias de valores do Litoral Sul Baiano – cacau, cupuaçu, jaca, cajá, açaí.


Fotografia: Acervo / Grupo de Pesquisa em Ciências e Tecnologia de Alimentos da Bahia






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